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Margarida Côrtes

Entrei no curso de Pintura Espontânea numa fase de grande mudança na minha vida. Juntou com a principal fase do isolamento da pandemia, em que estávamos num estado de total perplexidade sobre o que estava acontecendo. Sou artista e estou acostumada a pintar e desenhar seguindo uma ideia pré-concebida ou mesmo deixando fluir livremente, mas com total domínio do resultado final. Nesse trabalho de Pintura Espontânea, seguia as orientações, mas procurava fazer os trabalhos rapidamente para não haver esse controle, mas os resultados sempre foram surpreendentes. Desde a primeira pintura, sempre houve muitas revelações e significados.

Nesse trabalho especificamente, ficou visível que eu saí do lugar onde estava por um buraco cheio de protuberâncias. Depois levantei os braços e comecei a me movimentar livremente. Asas nascem dos meus braços e depois começo a voar, em movimentos fluidos. Saí de um espaço onde não havia alimento nem entusiasmo. Pelas dimensões e formas pontiagudas, dá pra ver que foi preciso saltar para sair desse espaço e não foi fácil! Isso tudo provocou muitas reflexões e considerações sobre o momento por que eu estava passando há tempo. Não que eu não soubesse tudo o que vivia e das insatisfações que sentia, mas não imaginava que isso tudo sairia tão nitidamente num desenho feito em menos de dez minutos.

Todo o trabalho de pintura espontânea mexe bastante conosco e provoca toda uma avaliação do que estamos vivendo. É um processo realmente incrível! As leituras da Márcia são admiráveis e descrevem detalhes que às vezes nem enxergamos. É um trabalho lindo! Recomendo muito!

BEM VINDO (A) AO CURSO DE PINTURA ESPONTÂNEA
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