Um mergulho em mim, um aprendizado coletivo. Não sabia o que esperar nos encontros semanais de Pintura Espontânea. Inicialmente, pensei que poderiam me ajudar a me conhecer melhor, como é a sensação quando saímos de um astrólogo ou um tarólogo de confiança. Não foi isso. Esqueça superficialidades. Para quem não tem medo de abrir a porta da alma, esse é o trabalho mais transformador do qual participei em toda a minha vida. E ao mesmo tempo em que é profundo, também consegue ser delicado, às vezes engraçado. Ao unir arte, símbolos e meditação, ele consegue nos reaproximar de nós mesmos.
A condução gentil e segura de Márcia é uma experiência à parte. Ela é como uma grande Mãe, ajudando-nos a caminhar pela primeira vez rumo ao nosso desconhecido. Com amorosidade e generosidade, ela nos conduz a experimentar a ressignificação de nossas experiências. Eu voltei a sonhar. Voltei a querer. Voltei a me sentir forte o suficiente para mudar. E me tornei, nesse período, muito amiga de mim. Não dona. Não ouso mais me prender. Quero (sim, é um trabalho diário) me enxergar livre, solta, águia, baleia, sol, mar profundo. Aprendi que posso e sou tudo.
Regina Bandeira, a ginoca ;)