Menu
CORAÇÃO PLACENTA
12 de agosto de 2018

Escrita espontânea
Quero fazer o teu parto, o meu parto, quero abrir o meu peito e te trazer para o mundo.  Quero te fazer carinho, meu coração recém-nascido.  Estou com as mãos cheias de cera e a espalho em você para que o nascimento seja mais fácil.  Quero te massagear, te ninar, te cuidar.  Quero me abrir para o mundo.  Quero te mostrar para o mundo.  Quero amar o mundo.

Percebo que as imagens mais viscerais, mais internas, estão vindo, como se eu estivesse me vendo por dentro, querendo colocar as vísceras para fora.  Como se eu estivesse podendo colocar um pouco de lado a capa protetora da beleza, da estética, do controle, a capa que me protegeu durante tantos anos do mundo cru de que eu, por minha sensibilidade excessiva, tinha medo e não conseguia acessar. Agora eu vejo beleza na crueza.  É um processo de aceitação mais profundo do mundo como ele é. Como eu estou curando o meu feminino, com a aceitação da minha mãe humana, eu me sinto mais equilibrada, mais fortalecida, por isso tenho vontade de mundo, mesmo duro, mesmo injusto, mesmo cheio de antagonismos, eu quero atuar, eu começo a me sentir parte.  Não sou melhor, não estou além do mundo.  Eu faço parte do mundo, também com meus antagonismos, meus medos e minha força.


BEM VINDO (A) AO CURSO DE PINTURA ESPONTÂNEA
Esqueceu a chave?